Prospecção por novos estudantes

Alunos da UFG
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O que define "ser um estudante vinculado ao Laboratório de Processos Psicológicos Básicos?" (LPPB). Essa certamente é uma questão difícil e que nos levou a pensar bastante nas condições necessárias e suficientes que julgávamos justas para toda a comunidade acadêmica da UFG, ou demais interessados. 
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Nossa reflexão levou a três condições que permitiram essa definição. São considerados estudantes vinculados ao LPPB aqueles que:
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(a) participam de algum projeto sob coordenação de algum professor vinculado ao LPPB; ou
(b) concluíram a disciplinas de "Análise Experimental do Comportamento" e participam regularmente das reuniões de pesquisa de algum dos professores vinculados ao LPPB; ou
(c) participam regularmente das reuniões de pesquisa de algum dos professores vinculados ao LPPB a pelo menos dois semestres.
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Estas condições são suficientemente amplas para permitir a vinculação, mesmo de alunos de outras áreas que não a psicologia. Um aluno de Ciências da Computação, por exemplo, será reconhecido como tal se estiver vinculado a algum projeto (condição "a"), ou se interessar na área a ponto de frequentar as reuniões de pesquisa de algum professor (condição "c"). A importância do critério temporal (ao menos dois semestres), existe pois é comum alunos (do curso de psicologia ou não) participarem dos grupos de pesquisa dos professores, para conhecer mais a área, sem necessariamente estarem certo do seu real interesse pelo campo.
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É importante frisar que a adesão aos grupos de pesquisa dos professores vinculados ou a algum projeto em progresso, ocorrem em fluxo contínuo ao longo de todo o período letivo. Não existe processo seletivo, taxa de adesão ou qualquer limitador dessa natureza. Para tanto, basta procurar algum dos professores vinculados, manifestar seu interesse, e ele te dará as orientações cabíveis.
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Também deve ficar claro que os professores vinculados ao LPPB têm uma política de aproveitamento dos estudantes vinculados para fins de composição de sua equipe de trabalho nos projetos de pesquisa/extensão/inovação tecnológica (como se fosse um processo de "seleção interna"). Esse processo é ao mesmo tempo (a) um natural reconhecimento ao esforço dos estudantes por permanecerem no grupo estudando e evoluindo seus repertórios em áreas muito específicas, e (b) uma tranquilidade para professor e aluno, visto que essa experiência prévia no grupo de pesquisa permite ao professor e ao aluno parâmetros mais claros sobre a forma como cada um dos dois trabalham (e se um trabalho em conjunto seria proveitoso ou danoso a ambas as partes).
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Compreenda portanto que a vinculação ao LPPB é aberta a todos, totalmente voluntária, condição necessária (mas não suficiente) para o aproveitamento em futuros projetos de pesquisa/extensão/inovação tecnológica dos professores envolvidos. Para muitos, é a primeira aproximação com um mundo profissional de fato, visto que as atividades do LPPB transcendem aos repertórios exigidos em sala de aula, enfocam o desenvolvimento de habilidades e competências que psicólogos (sobretudo pesquisadores) devem ter. 
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Se você leu isso tudo até aqui, aparentemente está interessado em ingressar no LPPB. O que fazer então? Vamos ao passo a passo.
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  1. Navegue o site. Conheça completamente esse site. Se as informações estão aqui, existem uma razão para estarem. Conhecer o site é como ter o seu primeiro contato com o LPPB (mesmo que a distância). Isso tornará claro a você qual é a função do LPPB, os professores e alunos vinculados, os tipos de projetos realizados, e se é isso que você procura para sua formação.
  2. Tenha em mente que grupo de pesquisa não é sala de aula. Espera-se mais. Espera-se excelência. É natural que na graduação muitos repertórios fundamentais ainda não estejam instalados no estudante. O que o grupo fará é provocar o desenvolvimento desses repertórios.
  3. Faça uma pesquisa nos currículos dos professores vinculados ao LPPB. O currículo te dará uma dimensão das linhas de pesquisa e campos de atuação que cada professor do LPPB possui. Na medida do possível, o seu interesse deve se adequar ao interesse do professor. Se não for o caso, reconsidere o professor ou reconsidere a sua idéia. Lembre-se: você estará aprendendo seja lá qual for a área do professor que estiver te orientando, seja lá qual for a linha de pesquisa do professor. Conhecimento não se perde, e você poderá reorganizar o que aprendeu com alguma linha futura de pesquisa, durante um mestrado. Infelizmente somos poucos professores, e não temos condições e competências para orientar em todas as linhas de pesquisa e campos que somos solicitados.
  4. Leia trabalhos produzidos pelo professor de interesse. Após a pesquisa pelo currículo, aparentemente você já terá uma boa noção de qual é a área e/ou o professor que mais chamou a sua atenção. Está na hora de se aprofundar um pouco sobre os trabalhos que ele têm desenvolvido. Leia alguns dos artigos e capítulos de livro recentemente publicados pelo professor. Preocupe-se em verificar se, dentre os autores desses trabalhos, encontram-se algum aluno da instituição (esse nome será importante para o passo a seguir).
  5. Conheça os orientandos desse pretenso orientador. Aparentemente o seu interesse está mais claro a cada passo que segue. Por que não conhecer pessoalmente os orientandos de seu pretenso professor, e conversar face a face sobre o estilo de orientação que ele adota, o grau de exigência que é posta, dentre outras curiosidades? Esta também é parte fundamental da sua aproximação com o futuro grupo de pesquisa do qual possivelmente irá fazer parte.
  6. Converse com o pretenso orientador. Tão logo todas as etapas superiores tenham sido vencidas, vença agora o receio de comunicar-se com o professor. Mande um e-mail explicando quem é você, o que você já realizou, quais são seus anseios, suas idéias, suas pretensões acadêmicas. Tire dúvidas sobre os trabalhos que o ele têm realizado (aqueles que você leu), e se você já está certo de que quer trabalhar com ele, manifeste o interesse em fazer parte de seu grupo de pesquisa.

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Como dito anteriormente, muitas habilidades e competências são importantes para esse cenário profissional, e várias delas serão treinadas ao longo de sua permanência nos grupos de estudo. Contudo, mesmo que nós ofereçamos contexto para isso, várias outras habilidades são difíceis de serem treinadas no grupo, dada a limitação de tempo. Nesse sentido, é importante que os alunos invistam tempo, esforço (e as vezes dinheiro) para aprimorarem esses repertórios. Quão melhor for seu repertório de entrada no grupo, maior será o seu desenvolvimento no mesmo.
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Entre essas habilidades e competências, as habilidades técnicas mais importantes são: leitura em língua inglesa; pesquisa em bases de dados; redação científica; uso de editor de texto (preferencialmente word); uso do planilhas de gestão de dados (preferencialmente excel e SPSS); uso de programas de apresentação (preferencialmente Power Point e Prezi); administração de arquivos em nuvens (preferencialmente Google Drive, Dropbox e One Drive); domínio de ambientes de trabalho e gestão de conteúdo (preferencialmente Evernote e Mendeley); programação básica.
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Quanto as habilidades interpessoais, destacam-se: educação, polidez e cortesia; respeito; deferência; motivação para aprender e ensinar; falar em público; capacidade de comunicação e expressão de ideias e pensamentos; independência; trabalho em equipe e trabalhar duro. 
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Surpreenda-nos. Uma boa forma de demonstras as habilidades técnicas e interpessoais acima, é apresentar um projeto de pesquisa dentro da área do pretenso orientador. Isso não implica que o projeto apresentado será realizado, mas torna claro ao orientador a sua capacidade técnica e interpessoal para assumir algumas responsabilidades.
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E por último: tentamos cultivar no LPPB uma boa atmosfera de amizade, respeito, trabalho e reciprocidade. Nós temos prazer em trabalhar com o que fazemos. Nós procuramos estudantes que compartilhem desses mesmos sentimentos, que tenham prazer com o trabalho, que curtam um desafio e desejem colaborar com seus colegas.