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Diversidade de estratégias interventivas em análise do comportamento

                                                                     Resultado de imagem para Um estudo de caso em terapia Analítico comportamental: Construção do diagnóstico a partir do relato verbal e da descrição da diversidade de estratégias interventivas.         Texto por Marina Sousa Simões

A aplicação clínica da análise do comportamento pode gerar muitos questionamentos e dúvidas: analistas do comportamento se preocupam com sentimentos? Essa abordagem pode auxiliar pessoas em sofrimento? Afinal o que eles fazem na clínica? Quais são suas técnicas e estratégias?

A análise do comportamento dispõe de uma variedade de tecnologias interventivas, baseadas nos conhecimentos adquiridos em pesquisas empíricas, básicas e aplicadas. A terapia comportamental tem como objetivo identificar a função dos comportamentos, em quais ocasiões se instalaram e quais consequências os mantém.Existem diversas tecnologias de intervenção em análise do comportamento dentre as quais a Psicoterapia analítica funcional (FAP) e a Terapia de aceitação e compromisso (ACT).

A FAP tem como objetivo intervir a partir da relação terapêutica baseada em reforçamento positivo. A FAP sistematiza regras e passos que auxiliam o terapeuta a direcionar de forma eficiente o tratamento terapêutico, cujo objetivo é diminuir a frequência dos comportamentos clinicamente relevantes do tipo 1 (CRB1 – comportamentos problema) e aumentar a frequência dos comportamentos clinicamente relevantes do tipo 2 e 3 (CRB2 E 3 - respectivamente, avanços terapêuticos e interpretação do próprio cliente).

Por sua vez a ACT visa, através de seis passos, promover exposição do paciente a sentimentos que lhe são aversivos, evitando assim a esquiva experiencial, e promovendo autoconhecimento e autocontrole. Além dessas duas principais tecnologias, outras estratégias merecem destaque, tais como auto-observação, autodescrição, ficha de coerência e treino em assertividade, que isoladamente ou em conjunto fornecem o conjunto de técnicas possíveis de serem empregadas pelo terapeuta, conforme a sua necessidade de uso.

Para uma exemplificação e maior aprofundamento sobre o tema recomendo a leitura de Ruas, Albulquerque e Natalino (2010).  O texto esclarece as questões apresentadas anteriormente e contribui para a desmistificação da análise do comportamento como ciência “apenas de laboratório”.

Referência

Ruas, S. A., Albulquerque, A. R., Natalino, P. C. (2010). Um estudo de caso em terapia Analítico comportamental: Construção do diagnóstico a partir do relato verbal e da descrição da diversidade de estratégias interventivas. Em A. K. C. R. de-Farias (Org.), Análise Comportamental Clínica: Aspectos Teóricos e Estudos de Caso (pp. 179-200). Porto Alegre: Artmed.

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